O que é o Alzheimer e seus sintomas iniciais
A Doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência, pois provoca a degeneração progressiva de neurônios e a perda de funções cognitivas. Os primeiros sinais incluem falhas de memória recente, dificuldade de concentração e alterações de humor. Com o tempo, o comprometimento da linguagem e da orientação espacial também se tornam evidentes.
A condição afeta aproximadamente 10% das pessoas com mais de 65 anos e chega a atingir 40% da população acima dos 80 anos (SERENIKI; VITAL, 2008). Dessa forma, fica evidente a dimensão do desafio, que tende a crescer à medida que a população mundial envelhece.
Impactos do Alzheimer na vida do idoso
Conviver com Alzheimer significa enfrentar mudanças que vão muito além da memória. Ao longo da evolução da doença, surgem sintomas que afetam profundamente a vida diária: perda de autonomia, confusão em situações simples, dificuldade de reconhecer familiares e alterações comportamentais como agitação, irritabilidade e alucinações.
Além disso, estudos apontam que entre 40% e 50% dos pacientes com Alzheimer desenvolvem sintomas depressivos em algum momento da trajetória (SERENIKI; VITAL, 2008). Portanto, essa sobreposição de condições aumenta o sofrimento do idoso, que pode se sentir isolado e perder a sensação de identidade. É um processo delicado, que exige acolhimento, paciência e adaptação constante do ambiente e das relações.
O impacto do Alzheimer na família: do diagnóstico às adaptações da rotina
Se para o idoso o impacto é profundo, para a família ele também é desafiador. Cuidar de alguém com Alzheimer significa reorganizar rotinas, lidar com a sobrecarga emocional e física e, muitas vezes, enfrentar o cuidado praticamente sozinho.
Um estudo recente identificou que os principais obstáculos enfrentados por familiares e equipes de saúde são: dificuldade de acesso ao diagnóstico precoce e ao acompanhamento especializado; sobrecarga das famílias, que assumem o cuidado quase integral sem apoio contínuo; e falta de capacitação das equipes para lidar com comportamentos típicos da doença, como agressividade e agitação (COSTA; SANTOS, 2025).
Como relatam profissionais de saúde entrevistados no estudo de Costa e Santos (2025):
“O diagnóstico precoce é um desafio porque muitos familiares demoram a procurar ajuda ou associam os sintomas ao envelhecimento normal.”
Assim, entre as recomendações dos autores estão: programas de educação em saúde para familiares, protocolos claros para acompanhamento e maior articulação entre a atenção primária e os serviços especializados (COSTA; SANTOS, 2025).
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Dicas de cuidados essenciais no dia a dia
O cuidado diário pode se tornar mais leve e seguro com algumas medidas simples:
- Rotina previsível: manter horários fixos para sono, refeições e atividades ajuda a dar segurança e reduzir ansiedade.
- Autonomia possível: permitir que o idoso participe de tarefas simples, como regar plantas ou dobrar roupas, preserva a sensação de utilidade.
- Ambiente seguro e familiar: retirar obstáculos, melhorar a iluminação e manter objetos conhecidos ajuda a evitar quedas e confusões.
- Comunicação acolhedora: falar com calma, usar frases simples e evitar confrontos ou correções diretas reduz frustrações.
- Estimulação cognitiva: músicas, fotos antigas, jogos leves de memória e interação social podem ajudar a manter habilidades por mais tempo.
Portanto, pequenas atitudes de cuidado diário podem representar uma grande diferença para a qualidade de vida.
O que esperar do futuro
O envelhecimento populacional é um dos maiores fatores de risco para a expansão da doença. Por isso, projeções mostram que, em 2050, mais de 25% da população mundial será idosa, aumentando a prevalência do Alzheimer (SERENIKI; VITAL, 2008).
Já em 2025, o mundo soma 55 milhões de pessoas vivendo com demência, e esse número pode dobrar nas próximas décadas caso não haja avanços significativos em prevenção e tratamento (ALZHEIMER’S ASSOCIATION, 2021). Em resumo, esses números alertam para a urgência de ampliar políticas públicas, investimentos em pesquisa e apoio às famílias.
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Alzheimer: o papel do LICA como aliado no cuidado
Em meio a um cenário tão delicado, iniciativas de apoio e tecnologias de cuidado podem ser grandes aliadas. O Lica é uma plataforma desenvolvida para apoiar cuidadores, famílias e gestores de saúde, oferecendo rotinas organizadas, alertas inteligentes e acompanhamento transparente.
Dessa forma, nosso compromisso é ser presença constante, ajudando a transformar uma rotina difícil em um processo mais leve e seguro. Porque acreditamos que, diante de cada batida do coração, deve haver cuidado — e em cada momento, segurança.
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